Atins, uma paradisíaca vila no coração dos Lençóis Maranhenses (MA), tem muito a ensinar sobre biodiversidade e convivência harmônica entre as espécies nestes tempos de emergências climáticas. Na primeira semana de setembro, um seleto grupo de arquitetos convidados pelo ConnectArch, programa de relacionamento das marcas Eliane e Decortiles, desfrutou de momentos inesquecíveis durante a viagem “Conexões Brasil: Atins”. Participaram dessa imersão inspiradora: Betânia Midian Porto Tomaz (DF), João Luiz Borges Alves (MT), Tatiana Mara Santos Soares (CE), Silvia Andrade de Aguiar (SP), Fernanda Borges Salerno (GO), Adrianna Lima Ribeiro Costa (MA), Ricardo Kawamoto (SP) e Eduardo Augusto Bruzamarello (PR).
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está inserido no Cerrado, mas apresenta forte influência dos biomas da Caatinga e da Amazônia. Dentro de seus 155 mil hectares, abriga ecossistemas como: restinga, manguezal, um campo de dunas que ocupa 2/3 da área total da unidade e costa oceânica. As lagoas interdunares que se formam no período chuvoso são a principal atração do Parque. “Quando a Amazônia encontra o Cerrado, ela não transiciona de uma vez. É difícil falar exatamente onde começa um e termina o outro. De uma certa maneira, reflete bastante a cultura do brasileiro, que é composta por pessoas originárias de todos os biomas com hábitos alimentares, culturais e musicais próprios”, explicou Alessandra Araújo, bióloga que acompanhou os profissionais durante a viagem.
O que um arquiteto pode aprender com os biomas de transição? A especialista responde essa pergunta com facilidade. “Essa diversidade pungente para a visão do arquiteto é muito rica. Porque a arquitetura também é um espaço que tem transição. Convive entre o dia e a noite; as várias estações do ano; os momentos distintos de uso de um espaço construído sejam eles comercial, lazer, alimentação, encontro ou criação. Como não existe ambiente externo em ambiente interno, tudo o que fazemos está conectado nessa dança da vida entre o fora e o dentro”.
Tanto a biodiversidade como a diversidade cultural colaboram para abrir horizontes de aprendizagem e de aplicação. “Nenhuma casa, cliente ou restaurante será igual ao outro. Conviver com a multiplicidade dos biomas é entender um pouco disso também”, finalizou Alessandra.
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