Japão – tradição e modernidade: rica cultura milenar asiática não se perdeu mesmo com os enormes avanços tecnológicos
A arquitetura e o design tradicionais do Japão trazem características marcantes e atravessaram séculos com suas formas e cores facilmente reconhecidas mundo afora. De beleza ímpar e muito diferente do ocidente, os traços dos projetos arquitetônicos de séculos, assim como nos interiores das casas – ainda hoje – refletem muito dos costumes dos japoneses. Casas e pequenos edifícios com telhados coloridos em sua maioria tons terrosos, entre o marrom e o vermelho, e pontas nas bordas que formam abas que lembram chapéus até o décor minimalista com uso de elementos naturais, pontuam o estilo japonês de construção antiga e do modo de vida.
Um povo que preserva sua história e tem orgulho em mostrá-la se traduz em um Japão com suas tradições ainda muito vivas em enraizadas, ao mesmo tempo que é um dos países mais avançados tecnologicamente, com alto emprego de tecnologia em suas edificações que é igualmente aplicada em televisores, celulares, computadores, carros, entre tantos outros. Enquanto nação insular que sofreu perdas irreparáveis durante a Segunda Guerra Mundial e com grandes intempéries como terremotos e tsunamis por estar próximo de vulcões e de placas tectônicas, o Japão é considerado um dos mais bem preparados para eventos dessa natureza.
O arquipélago japonês passou por diversas mudanças ao longo do tempo. Contudo, é importante ressaltar que grande parte da cultura daquele povo sofreu muita influência da China, refletida na escrita, na língua, na política e pode-se citar, inclusive, que a religião também teve sua contribuição na construção arquitetônica de templos e locais de oração. Assim, também por influência chinesa, se percebe que boa parte da arquitetura tradicional do país é feita em madeira e que algumas apresentam uma leve elevação em relação ao solo, para assegurar maior conforto térmico e segurança no caso de terremotos.
Evoluir sem perder a essência
Anos se passaram e a realidade da arquitetura moderna no Japão é muito parecida com outros grandes centros urbanos como Nova York ou Cingapura. Em Tóquio, a capital, arranha-céus envidraçados, aço e concreto marcam a paisagem da cidade considerada hoje uma das maiores metrópoles do planeta. E tudo isso só foi possível graças à uma resiliência ímpar desse povo que após anos e anos enfrentando as devastações causadas pelos efeitos climáticos e também pela guerra, se reergueram e reconstruíram seu país, criando uma infraestrutura sem igual com a criação de linhas de trem, metrô, indústrias e melhoras no sistema de saneamento básico.
Mesmo sendo modelo de tecnologia e inovação, o Japão, como já foi dito, não perde sua essência que pode ser conferida nos interiores das residências. A cultura milenar tradicional está presente com a aplicação de diversos elementos naturais, incluindo mais uma vez a madeira e o uso de flores no ambiente. Internamente, ao contrário, reinam os tons neutros e o minimalismo. As camas normalmente são baixas e o uso de tatames em ambientes como livings, é muito comum.
Segundo Japão
O bairro da Liberdade, em São Paulo, é onde está reunida a maior comunidade japonesa fora de sua terra natal, no mundo. Lá, é possível se sentir na terra do Sol Nascente em meio a tantas lojas, comércios, restaurantes e, claro, os próprios japoneses e seus descendentes usando a língua nativa. Uma mistura de sons, cheiros, sabores, cores, formas e emblemas nipônicos que fazem qualquer um viajar do Brasil ao Japão em segundos. A riqueza cultural oriental daquele lugar o transforma em um verdadeiro patrimônio em meio ao Centro da capital paulista. Repleto de simbologias, basta olhar para o alto para ver um dos ícones mais emblemáticos da região: as belíssimas e vermelhas luminárias de rua.
Mas há outros pontos na cidade em que a cultura japonesa pode ser percebida, como o projeto de arquitetura de Kengo Kuma para a Japan House. O arquiteto japonês assinou o projeto em parceria com o escritório paulistano FGMF, em 2017, e faz parte de uma iniciativa global do governo japonês que busca “lançar um novo olhar sobre o Japão contemporâneo”. Na fachada, foram empregados elementos naturais em que apresenta uma série de réguas em madeira hinoki, trabalhadas por artesãos japoneses especializados na arte de encaixes e cuja técnica remonta 300 anos, criando uma imponente estrutura suspensa em plena avenida Paulista. Um projeto que visa “um intercâmbio intelectual entre o Japão e o resto do mundo, capaz de produzir grandes oportunidades e atrair visitantes para novas experiências e atividades. A essência da Japan House é ser surpreendente a cada dia”, como está definido no site da instituição.
O Japão será o próximo destino do Connectarch. Acompanhe essa jornada incrível vivenciada pelos profissionais do programa a partir do dia 29 de maio nos perfis @elianerevestimentos e @decortiles.